Autor: Paulo Henrique Bezerra

A pandemia afetou muitos comércios, até mesmo em datas comemorativas, como o natal. Veja como vender mais nesse final de ano e não ficar no prejuízo

As empresas, procurando atender às novas necessidades dessas pessoas, que por sua vez estão cada vez mais empoderadas e conectadas, independente se são clientes, fornecedores, ou colaboradores das empresas. Construir uma dinâmica de confiança com um foco em ESG, com Governança responsável, visão do risco ambiental efetivo, consciência social que proteja as transações e mantenha dados seguros podem impulsionar valor percebido por todos os envolvidos.

Por exemplo, o Governo Brasileiro, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), está realizando uma consulta pública sobre transformação digital, pretendendo atualizar o “E-Digital”, um documento com ações estratégicas prioritárias para adequação à nova realidade. Outras entidades nacionais historicamente soberanas como a Petrobrás, está sofrendo pressão ambiental. Ela aumentou, de US$ 1 bilhão para US$ 2,8 bilhões, os investimentos em descarbonização no seu novo plano de negócios 2022-2026, em relação ao planejamento anterior. (Fonte: Gov.br)

O próprio risco ambiental é correlacionado com a emissão de carbono pelas proteínas animais. Uma preocupação mais distante, mas que segue em crescimento, é como alimentar 10 bilhões de pessoas até 2050, de acordo com a previsão da ONU para a população mundial. O plant-based passa a ser uma alternativa cada vez mais estável.

O que dizer da possibilidade de comer frango feito de plantas? Essa é a aposta da N.OVO, startup com um portfólio composto de ovos e maioneses veganos, e que agora criou 5 sugestões para diminuir esses impactos — de cubinhos de filé de peito para grelha a coxinhas de frango plant-based (à base de plantas). O mercado de alimentos criados por meio de plantas promete transformar o mundo e movimentar cerca de US$ 85 bilhões até 2030. (Fonte: StartSe)

O Brasil por si só é um país potencial pela sua vastidão no agronegócio, e o estado de São Paulo é um dos principais ecossistemas de startups do Brasil, composto da melhor infraestrutura, políticas de incentivo e fontes de financiamento e apoio à inovação, ciência e tecnologia. Hoje, 30% das startups do nosso país surgem em SP, e 64,7% das companhias paulistas participaram de rodadas de investimento. (Fonte: Abstartups). O que dizer de unicórnios do ramo imobiliário como Loft e QuintoAndar, ambos originados em SP? Ou também área financeira como XP, Nubank e Neon.

E por falar em área financeira, uma transformação ‘puxa’ a outra. Por exemplo, o tal “Metaverso” está impactando a área financeira somada ao varejo, criando novas ações estratégicas. Já existem ‘nomes de efeito’ para isso: live commerce, m-commerce, open banking e checkout inteligente. Uma das tecnologias mais promissoras do futuro para congregar tudo isso e que deve substituir os smartphones são os óculos inteligentes. Eles já estiveram entre nós em filmes e também no protótipo não tão bem-sucedido como o finado Google Glass.

Mas o mercado de óculos tradicionais movimenta USD 150 bilhões por ano e mostra um potencial enorme (StartSe).

A Meta firmou parceria com a Ray-Ban.

A Microsoft criou o Hololens.

A Niantic, que criou o Pokémon Go, está criando os seus óculos.

A Qualcomm criou o Snapdragon XR1 AR.

O Snapchat trouxe os Spectacles.

E aproveitando o gancho, a Snapchat criou uma campanha ‘phydigital’ com a empresa de moda Renner. As duas empresas lançaram uma campanha que soma o mundo físico com o digital. As pessoas que poderão experimentar até 3 modelos de calçados da Renner usando realidade aumentada por meio da câmera do Snapchat, pretendendo expandir para relógios, camisetas, e até outros óculos! Em testes iniciais foi identificado a chance de aumentar 2,4x a intenção de compra.

Mas para comprar, que moeda usar? A física ou a virtual? Você sabia que, no Brasil, o número de investidores em criptomoeda dobrou em um 2021? No mundo, um bitcoin era cotado por aproximadamente R$ 3 mil há em 2015, quando a minoria começou a investir. Já em nov/21, 6 anos depois, a moeda bateu seu recorde e atingiu o valor de R$ 250 mil (Fonte:FGV), já foi até aprovado na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 2303/15, que trata do assunto. E onde há dinheiro, há tendência de ter crimes. No mundo digital é a mesma coisa. O nosso país foi vítima de mais de 16,2 bilhões de tentativas de ciberataques entre janeiro e junho de 2021 (Fonte: Fortinet).

O “futuro dos presentes” está aí.

E você já pensou nesse “futuro do presente”?

Em tempos que a tecnologia não para de avançar, seu negócio também não pode parar. Veja 5 ações para realizar uma transformação digital na sua empresa

No início da década de 70, a FedEx começou a crescer no mercado de entregas. Seu fundador dizia: “Informações sobre o pacote são mais importantes do que o pacote em si “. Ele conseguiu promover uma cultura onde o foco no cliente e os dados caminhavam juntos.

E na prática, como a transformação digital pode ser aplicada? Tirando lições do seu livro “”Innovators: Frederick W. Smith: Founder of Fedex”, trago 5 recomendações práticas e que servem para qualquer organização, não necessariamente em ordem de prioridade nessa lista.

Vamos lá:

1 – Tenha uma mentalidade de atacar. Empresas grandes e com muito tempo de estrada acabam tendo os chamados “sistemas legados”, e qualquer nova implantação pode causar problemas. Mas a mentalidade de começar algo nesse sentido é imprescindível hoje em dia.  

2 – Comece a usar tecnologias “de borda” (mais conhecido por “Edge Computing”). Com os desenvolvimentos e infraestrutura localizada nos chamados “contêiner” e com “microsserviços”, alterações de sistemas podem ser feito de maneira independente.

3 – Invista em tecnologias na nuvem (mais conhecido por “Cloud Computing”). Elas tendem a ser mais flexíveis, e com custos que vão crescendo ao passo que você também cresce. Isso significa pagar pela tecnologia que você usa em vez de comprar mais do que precisa.

4 – Tenha clareza e confiança quanto sua Arquitetura de Soluções, mas também traga visibilidades das implantações. Técnicas de Gestão de Mudanças são cada vez mais comuns. Dê força para isso, e valorize as implantações, mas também os erros para os corrigir rapidamente.

5 –  Se você tiver unidades de negócios diferentes (como na FedEx que é companhia aérea, uma empresa de transporte rodoviário, uma empresa de serviços de escritório…dentre outros), pense em papéis e responsabilidades na empresa que façam uma atividade de integração. Vale consultar práticas ágeis e frameworks correlacionados como Scrum (no nível de times) e SAFe (para o chamado “Business Agility”).

Tenha coragem de criar novas formas de fazer suas atividades, pois o risco de não se modernizar pode gerar mais impacto ainda. Escolha por onde começar. Mas comece.

Taxonomia digital. Sabe o que é isso? Hoje o termo “digital” é utilizado de várias formas. Entenda mais sobre o assunto aqui. Confira:

Existem pelo menos quatro termos para nivelarmos nossas comunicações no mundo da tecnologia: digitização, digitalização, transformação digital e nativos digitais.

digitização é a conversão de informações analógicas ou físicas em um formato digital. Imagine manuais sendo convertidos. O New York Times, por exemplo, agora distribui conteúdo digital por meio do seu site, nytimes.com e por meio do aplicativo do New York Times, em vez de canais físicos pelo jornal impresso.

Digitalização, por sua vez, é o uso de tecnologias digitais e abordagens habilitadas digitalmente para habilitar ou melhorar os modelos de processos de negócios e avanços tecnológicos. Por exemplo, usar inteligência artificial para melhorar um processo interno. No caso do NY Times e outras empresas, o pagamento adicional por conteúdos exclusivos ou de um determinado setor é um exemplo. Empresas com viés de digitalização realizam ofertas expandidas incluindo vídeos, podcasts, aproveitamento de dados e análises digitais para aumentar a usabilidade e impulsionar as assinaturas.

Já a Transformação digital traduz os esforços coordenados de mudança de digitalização em escala em todos os aspectos do negócio, incluindo pessoas, processos, novas tecnologias, indicadores e mindset. Novamente com o exemplo do New York Times, eles orientaram a empresa como “Digital First”, fazendo um esforço de fomentar assinaturas digitais entre 2011 e 2016. Resultado: aumento de 418% de usuários no período, e projeção de atingir US$ 800 milhões em receita digital até 2022.

Existem também as companhias “Nativas digitais”, que já nascem com modelo de negócio usando a rede. É caso do serviço Only Fans, que cresce diariamente, e em fevereiro deste ano conta com mais de 100 milhões de usuários ao redor do mundo. O OnlyFans foi fundado em 2016 tem o objetivo de ser uma plataforma de mídia social onde criadores podem monetizar seu conteúdo e interagir diretamente com seus fãs.

Portanto, é importante entender as taxonomias: digitização, digitalização, transformação digital, e identificação/parcerias com nativos digitais podem ocorrer em paralelo (no nosso caso, no programa de aceleração de startups Qintess Ignite, por exemplo), mas é fundamental compreender as diferenças, comunicá-las com eficácia e mapear o progresso que você está participando no seu contexto.

As palavras têm poder e é importante que todos saibamos conduzir esses conceitos, defendendo o uso dos termos certos.

Eu fico por aqui, e a gente se vê por aí.

Você e sua empresa têm maturidade digital? Se quer saber o que é isso, quais vantagens podem trazer para seu negócio e mais. Confira aqui!

A Qintess consegue interagir com diferentes públicos online através de várias mídias: website com Landing Pages de projetos, atuação de redes sociais como LinkedIn, Instagram, e os recentes Twitter e TikTok.

Mas o quanto isso quer dizer em níveis de maturidade digital para geração de ofertas?

Esses fatores são importantes, mas atualmente transitam entre a “teoria dos dois fatores de Herzberg”: tendem a ser comparados aos “fatores higiênicos” como salário, bom ambiente, oportunidades de crescimento….São essenciais e são só o primeiro passo para busca de vantagem competitiva no mercado tecnológico atual.

Algumas literaturas da área de inovação citam diferentes níveis quando o assunto é “maturidade digital”:

1.       Empresas ATIVAS digitalmente, como a nossa, que aproveitam soluções transacionais e digitais para aumento de receita, combinando um nível inicial de melhorias operacionais como a introdução de métodos de desenvolvimento ágil, presentes no nosso capitulo interno de Agilidade, por exemplo. E também usam análises de dados, métricas e indicadores-chave de desempenho para medir progresso

2.       Organizações ENGAJADAS digitalmente, que desenvolvem soluções tecnológicas e processos digitais para movimentar a empresa inteira. Usam análises de dados mais profundas e automatizam processos, trazendo mais qualidade e velocidade para tomadas de decisão. Começam a trazer à tona modelos de operação mais voltados para entendimento de expectativas e anseios das pessoas ao seu redor. Tem os canais digitais, mas utilizam eles para geração de negócios, sincronizando as experiências e objetivos estratégicos.

3.       Organizações COMPETITIVAS digitalmente: além de gerar receita, também ajudam a prever necessidades futuras e responder rapidamente problemas com as “análises preditivas”. Mas também tem uma arquitetura e bases de dados preparadas para se valer de feedback de usuários. O “front” é importante, mas o “back” é tanto quanto! Nesse caso, começa-se a trazer “AI” – Artificial Intelligence – e ML – Machine Learning – mas toda a cadeia de valor dos dados e processos internos precisar acompanhar o mesmo “ritmo” e também o big data.

a.      Adendo: em nossa empresa, iniciamos ontem o ciclo 2 do Qintess Ignite Startups, que você pode conhecer a reportagem AQUI. Focaremos nessa categoria de startups para nos ajudar a trazer benefícios para a Qintess.

4.       Por fim, empresas MADURAS digitalmente, que trazem experiências em todos os níveis usando dados e melhorando constantemente as jornadas do envolvidos, sejam eles clientes, fornecedores, sociedade, parceiros, e colaboradores. Isso significa que a experiência na loja, no computador, no telefone, no escritório – no nosso caso, conheçam o novo escritório AQUI em reportagem da Revista Exame. É até redundante citar Google, Amazon e Facebook. O que dizer da Tesla, que deve ganhar US$ 50 bilhões em valor de mercado após recordes em entregas? (informação de ontem, veja AQUI reportagem da Forbes).

Entender esses fatores de diferenciação no crescimento como uma organização digital é essencial para dar um passo de cada vez, mas na mesma direção.

Dados são fundamentais. Dashboards mais ainda. E conteúdo somado ao compromisso com parceiros também. E quando digo parceiros, lembro que somos uma empresa de pessoas de dentro e de fora da corporação, e que podem/devem contribuir com essa caminhada

Cultura e maturidade em inovação envolve toda a cadeia de valor.

Espero que tenham gostado de mais esse conteúdo.

Eu fico por aqui, e a gente se vê por aí.

O universo digital está crescendo muito rápido e isso é notório. Dentro do contexto empresarial, quem deve lidar com a agenda da empresa? Confira:

Em um estudo de 2019, foram analisados padrões de contratação e o escopo da função de CDO – Chief Digital Officer – nas 2.500 maiores empresas listadas em bolsa. A pesquisa descobriu, então, que a taxa de criação de cargos de CDO diminuiu fortemente na comparação com o levantamento anterior, feito em 2016. Apenas 54 empresas pesquisadas (2,2%) haviam criado uma nova e distinta posição de CDO em 2018, em comparação com 124 que o fizeram em 2017 e 160 em 2016. Dessa forma, a consultoria afirma que “2016 foi o ponto mais alto na contratação de CDOs”. A explicação? “Os líderes de muitas empresas agora acreditam que colocar uma única pessoa no comando da transformação digital pode não ser a melhor abordagem, porque é uma prioridade estratégica intrínseca em todo o negócio. A agilidade se torna crítica para a sobrevivência”, afirmou o relatório. Um outro estudo, este feito pelo Fórum Econômico Mundial, mostra que o mandato médio de um CDO é de 31 meses ― o mais curto de todos os cargos “C-Level” ― e esse número está caindo. Além disso, mais de três quartos deles deixam a empresa imediatamente após seu mandato como CDO.

Que o universo digital está se expandido, todos nós já sabemos. Mas uma pergunta pode ser feita em um contexto empresarial: quem deve liderar essa agenda dentro das empresas? À medida que negócios digitais e negócios se tornam um no mesmo grau, as empresas precisarão de um único líder para a função? Se um líder assume a responsabilidade pela transformação digital for um executivo existente, precisamos ter um nome centralizado?

Existem lideranças de empresas que pensam na verdadeira oportunidade digital como aquela que é centrada na receita. Ou seja, a maior oportunidade é vender produtos e serviços existentes ou novos por meio de canais digitais, como o site da empresa ou aplicativo móvel. Se for esse o caso, pode parecer lógico ter um líder de marketing ou vendas centradas no cliente da empresa liderando a função. Mas e se levarmos em consideração aspectos como ferramentas que incluem a infraestrutura de governança e aplicativos responsáveis ​​por gestão de dados utilizados nas iniciativas digitais? Os líderes de funções centradas no cliente podem não ter experiência ou conhecimento nas áreas necessárias para influenciar cada uma delas. Logo se pensa em áreas de Analytics para essa liderança. Em um outro prisma, também existem as estruturas relacionadas à tecnologia tradicional, com o papel de CTOs ou CIOs. Em contrapartida, da mesma forma, esses papéis não têm responsabilidades de atendimento ao cliente, e isso os coloca em desvantagem ao sugerir e liderar oportunidades que devem beneficiar os clientes.

Será que, uma vez que as primeiras ondas de transformação são efetivamente introduzidas, com programas estabelecidos, o título pode não ser necessário? Será que uma estrutura de investimento para as mudanças podem ajudar a garantir que o portfólio de inovação (com foco em receitas/clientes ou redução de custos) seja gerenciado de forma mais eficaz?

Expandindo mais o que a pesquisa do começo dessa publicação diz, estendo a pauta “agilidade”. Com foco em habilidades em papéis que fazem a mudança acontecer nas camadas táticas e operacionais, recebendo os direcionamentos da camada estratégica da empresa. E quais são elas? São habilidades associadas ao desenvolvimento ágil.

A transformação digital requer desenvolvimento ágil que se concentra no desenvolvimento de projetos de forma iterativa. Agile Coachs, Scrum Masters, Product Owners. User Experience são os papéis que conduzem essa transformação. Os Agile Coachs formulam um caminho de transformação pautado no chamado “fluxo de valor”; os Scrum Masters enfatizam as pautas, relatórios e reuniões frequentes de toda a equipe para mapear as fases de desenvolvimentos e projetos. Os Product Owners são responsáveis pelo produto que está em desenvolvimento. Eles definem a visão do produto no curto, médio e longo prazo, traçando o caminho de desenvolvimento para entrega de valor. Por fim, os times de User Experience atuam nas experiências do cliente e a experiências dos funcionários, dependendo de para quem um determinado produto ou projeto é direcionado.

A revolução digital está chegando e, embora possa parecer que o ritmo das mudanças está rápido agora, só vai ficar mais rápido. E todos podemos (precisamos) ser líderes digitais. Para isso, é necessário discutir habilidades junto aos papéis e cargos tradicionais. Essas habilidades combinam disciplinas de negócios e conhecimento técnico. E demandam o direcionamento que a empresa quer seguir.