Autor: Rogério Dias

O mundo está em constantes atualizações tecnológicas. Confira aqui sobre como a digitalização dos negócios podem ajudar sua empresa!

Você já reparou que apesar do mundo estar cada vez mais conectado, empresas de todos os portes e segmentos ainda continuam lutando para digitalizar suas cadeias de negócios? A explicação para isso é simples: os principais líderes já entenderam que usar repositórios em Nuvem e aplicativos móveis para estimular a comunicação entre os colaboradores de uma equipe é apenas uma pequena parte do que chamamos de Transformação Digital.

Para tornar as companhias realmente mais efetivas e inteligentes, é preciso mergulhar fundo e extrair o máximo valor das tecnologias, sobretudo em relação à análise de dados. É essa a grande vantagem da digitalização dos negócios: impulsionar as oportunidades de melhoria da eficiência operacional e de geração de negócios. E isso fica ainda mais evidente em tempos de crise como a que vivemos agora, com a pandemia do novo coronavírus.

Pesquisas indicam que as companhias com uma cultura digital mais sólida estão reagindo melhor às mudanças provocadas pelo surto de COVID-19. De forma prática, elas são mais capazes de reagir às necessidades de descentralização de seus times (e das informações), otimizar a experiência dos clientes e redirecionar suas análises de cenário para avaliações mais preditivas e estratégicas.

No entanto, ainda são poucas as organizações que conseguiram se adiantar nessa jornada. Estudos das principais consultorias internacionais avaliam que nem mesmo as grandes corporações globais avançaram muito em seus projetos de digitalização até aqui. Estima-se que, em média, essas empresas digitalizaram menos de 30% de suas operações internas e de vendas. No Brasil, estudos de mercado demonstram que mais de 40% das organizações adotaram o Home Office durante a pandemia e 20% delas citam o nível de digitalização dos processos como um desafio para realizar a   transição.

A primeira razão para esses números é a necessidade de equilibrar os investimentos entre o hoje e o amanhã. Produzir mais e reduzir os custos sempre foi o binômio básico dos negócios e focar planos em longo prazo pode ser algo bastante desafiador para as companhias de um modo geral, sobretudo diante das constantes mudanças da tecnologia.

Outro motivo é que a digitalização é um processo complexo, que exige engajamento e especialização. Isso porque além de gerenciar o dia a dia de suas companhias, as equipes também teriam de lidar com o aumento exponencial no volume e na variedade de dados a serem digitalizados. Dessa forma, é difícil manter a visibilidade global das informações e o desenvolvimento de estratégias digitais dentro das organizações.

A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus mostra, porém, que por mais complexa que seja essa jornada, investir em digitalização de processos é um passo imprescindível para as companhias que planejam se sustentar na era da Indústria 4.0. É evidente que contar com parceiros especializados é o melhor caminho para esses esforços de inovação, liberando o potencial das equipes para atividades mais focadas nos negócios.

Além do mais, a digitalização é o que permitirá reduzir ou mitigar ao máximo as interrupções provocadas pela existência de blocos isolados de dados ou por lacunas no funcionamento das infraestruturas de TI, por exemplo. A digitalização ajuda a criar um ambiente mais inteligente e previsível, simplificando o monitoramento e a manutenção da alta performance das operações – algo vital para companhias que estão lutando contra crises  e para os consumidores, que mesmo durante o isolamento gerado pelo COVID-19, continuam exigindo atenção, já que os produtos ainda são necessários, os alimentos seguem sendo essenciais e a logística de entregas tem que ser executada.

Ou seja, é preciso manter os negócios funcionando ao máximo possível. Para isso, ainda que cada negócio possua suas próprias características e demandas específicas, o fato é que a digitalização dos modelos de negócio é fundamental.

 A tecnologia digital, com as ofertas de serviços em Nuvem, expansão da Internet das Coisas (IoT) e o aprimoramento recorrente das aplicações de Big Data e Analytics, tem colocado o mundo dos negócios diante de uma oportunidade única de manter a chama acessa. A esperança em dias melhores deve sempre ser o foco de qualquer líder, mas é necessário também pensar nos momentos de crise. O novo Coronavírus nos deixará lições importantes e é hora de começar a entendê-las para garantirmos um amanhã mais produtivo, sustentável e eficiente. Uma delas é que não precisamos esperar pelos momentos de crise para implementarmos as mudanças que já se mostram necessárias hoje, como a digitalização.

O pepel de lideres nas organizações e negócios se mostrou muito mais importante nesse momento de pós-pandemia. Confira nosso artigo sobre isso.

Ninguém está preparado para gerenciar uma pandemia de proporções globais sozinho. Mas isso não significa que podemos viver sem liderança. De todas as mudanças que vivemos recentemente, com o avanço do novo coronavírus, a principal lição que podemos tirar até aqui parece ser justamente essa: cada um de nós tem seu papel, mas é fundamental que tenhamos lideranças capazes de ajudar a organizar as decisões e prover um ambiente mais coeso e sustentável para as pessoas. No segmento de TI, essa liderança torna-se ainda mais necessária em virtude do dinamismo com que surgem novas tecnologias.

Não há como dizer que esse é um instante simples. O surto de COVID-19 é uma questão de saúde pública, com impactos emocionais e financeiros sem precedentes – certamente maior do que tudo que já passamos no século XXI. Por isso, além de uma crise, a pandemia também marcará uma verdadeira quebra de paradigmas, com a alteração de muitos dos modelos de trabalho que conhecíamos até pouco tempo.

Por exemplo: estamos vivendo uma época em que a empatia e as parcerias passaram a ter uma importância muito maior na vida das pessoas. Mais do que capacidade de predizer cenários, portanto, as lideranças precisam oferecer uma visão humana, necessária para apoiar e tranquilizar cada um dos colaboradores de suas equipes.

Penso que temos de oferecer alternativas para o mundo que virá. Afinal de contas, a única certeza é que, mais cedo ou mais tarde, venceremos o vírus e teremos de reerguer a sociedade como um todo. Uma estratégia que já vínhamos aplicando em nossas empresas e que certamente contribuirá com a reconstrução é incentivar ideias e pensamentos diferentes, com pontos de vista diversos.

De modo geral, acredito que estávamos tão acostumados com nossa rotina e com o excesso de opções que, agora, diante da paralisação causada pelo coronavírus a nível mundial, acabamos nos colocando em estado de choque. Sair da inércia com certeza exigirá de todos ainda mais foco e energia – algo essencial para os líderes dos novos tempos. Exigirá, também, um pensamento mais inclusivo, como o que temos incentivado em nosso grupo, a partir de uma proposta mais coletiva e aberta à empatia e à valorização das pessoas.

O líder deve, a meu ver, direcionar as ações, estimular as atitudes de suporte às pessoas e oferecer, por meio de inteligência emocional e de um comportamento sóbrio, os melhores caminhos para que as equipes – e, consequentemente, as organizações – retomem suas jornadas de evolução e melhoria contínua.

Vale dizer, contudo, que essa necessidade de valorizar as pessoas não surgiu com a pandemia. O vírus apenas acentuou uma demanda que já rondava a estrutura das lideranças nas empresas. Muito antes do avanço da COVID-19, por exemplo, pesquisas já indicavam que a maioria das organizações precisava rever seus conceitos de liderança, colaboração e participação. Para quem vive o dia a dia das empresas e a rotina das equipes, no entanto, esse sentimento já estava certamente presente.

As questões envolvendo o coronavírus apenas trouxeram à tona uma necessidade que era negligenciada por muitas companhias. Como resultado, agora parece inadiável que as lideranças trabalhem a empatia, a inteligência emocional, a resiliência e a colaboração como estruturas vitais de suas estruturas. Essas soft skills permitirão aos gestores entender os desafios das pessoas, buscar novas perspectivas para suas equipes e transformar o rumo dos negócios na operação como um todo.

Realmente acredito que o líder moderno deve enxergar as oportunidades para construir parcerias, olhar para o público com afinco e estabelecer um grau máximo de colaboração entre todos os que estão engajados nesse mesmo objetivo. Talvez, nesse sentido, a maior mudança entre o chefe do passado e o líder do futuro seja perceber que, além de confiança, é preciso também distribuir esperança.

Agora, o momento é de inspirar as equipes, cuidar das pessoas e mostrar como a organizações podem ajudar o mundo. Depois, é equilibrar as forças e engajar os times a proporem juntos a reconstrução. Nada disso será possível sem líderes que realmente tenham consciência de que o maior valor de uma organização está, sem dúvida, nas pessoas. Os profissionais que sairão fortalecidos dessa crise serão os que conseguirem mais rapidamente responder às mudanças do mercado e orientar o rumo de seus times e suas empresas para uma nova fase de crescimento. Os desafios são grandes, mas a boa notícia é que a tecnologia se antecipou a este cenário inimaginável e, mais humanizada, já está disponível para acelerar esse processo de transformação.