Autor: Fellipe Fernandes Menezes

Confira alguns desafios da área publica em construções e meios digitais! Confira diversos dados e informações aqui! Entenda mais:

Durante a década de 90 com o desenvolvimento tecnológico de soluções e serviços impulsionado pela recém chegada “rede mundial de computadores” – ou WWW, a nossa internet –, passamos por uma transformação da nossa maneira de pensar. Naquele momento, dentro da realidade de tecnologia da informação, e tardiamente, vinte anos após a “crise das ponto com”, hoje não há quem negue a importância das transformações que essa maneira de enxergar e construir o mundo está moldando nossa maneira de se relacionar, consumir, produzir e, não obstante, de gerir os recursos escassos e limitados de cada organização e instituição. Com um cenário extremo de isolamento social desafiando a nossa criatividade como trabalhadores, cidadãos e gestores públicos, alocar estes recursos otimizando todas as pequenas etapas e processos do dia a dia pode fazer a diferença entre melhorar seu fluxo de caixa sem prejudicar outras partes chave deste ecossistema ou, quando se trata da eficiência dos serviços públicos, até salvar vidas.

Muitas empresas globais e grandes conglomerados relevaram o poder que a transformação digital e as inovadoras startups têm de acelerar negócios e cobrir um gap que certa mentalidade anterior não alcançava: agir e construir de maneira ágil sem gastar tanto, com o cliente no centro – seja ele o cliente final, cliente intermediário, fornecedor ou interno – e documentando conforme o processo avança, de maneira sistemática promovendo alinhamentos diários com um time diverso e inquieto, buscando sempre melhorias contínuas. Essa realidade foi o “motor” que transformou nosso ecossistema com aceleradoras, coworkings e conceitos que nos tem ensinado valiosas lições de como podemos aprender com nós mesmos e todos os dados que geramos diariamente. 

Justamente dentro desse contexto é que temos o maior desafio: se nossas vidas são impactadas por decisões públicas, e seja como contribuintes ou cidadãos nós somos inevitavelmente impactados, como podemos também atuar visando melhorar nosso ecossistema? Foi com este pensamento e dentro do contexto desenhado que as mesmas startups e empreendedores que estão a frente da transformação e evolução tecnológica mundial passaram a olhar a oportunidade de adequar soluções de mercado às realidades do setor Público, e mais do que PPPs (parcerias público-privadas) tradicionais, temos a oportunidade de garantir que o mesmo grau de eficiência atingido por grandes corporações seja implementadas na Gestão Pública em busca de uma Economia Pública de Escala.

Trazemos para o debate a atuação da startup Governo Digital neste segmento. Trabalhando para desenvolver sistemas de gestão pública e para a prestação dos serviços de utilidade e atendimento público, através de tecnologias e metodologias adaptadas para governos, a empresa encontrou nos últimos anos oportunidades de executar com êxito o que antes era necessário décadas de construção e luta política, para que pequenos ganhos sociais marginais fossem implementados para a vida de nossas cidades – cada vez mais inteligentes.

Em um mundo cada vez mais digital, em que cada vez mais nossas iterações para pagar contas, realizar um deslocamento ou pedir comida, fazer uma consulta médica ou mesmo renovar um documento, tenham também um canal digital – e com ele, a geração e economicidade para o Estado, a boa tomada de decisões baseada em dados abertos, e desafogar os hoje abarrotados centros de atendimento público.

Pense em um mundo onde, para saber como anda a gestão daquele candidato que você decidiu delegar seu poder de decisão como seu representante, seja ele vereador, prefeito, secretarias ou governadores, bastasse um aplicativo. Para conferir, acompanhar, entrar em contato com críticas ou sugestões, tudo georreferenciado e alimentado por toda população, estaria no conforto e segurança de casa. Uma das soluções da Governo Digital, o “Vitrine do Governo”, já torna tudo isso realidade. Outra ferramenta para geração de caixa – o que pode ser de grande utilidade em uma situação como a que vivemos hoje, com os cofres públicos vazios – é seu “Sistema RAR”, tecnologia desenvolvida para impulsionar a arrecadação municipal pela recuperação da dívida ativa (IPTU, ISS, entre outros).

Imagine uma cidade como São Paulo, mais de 12 milhões de habitantes e cosmopolita de diversos idiomas, em que qualquer um tem a disposição um app que permite você não apenas se localizar, mas encontrar facilmente os pontos turísticos, pontos de atendimento e lazer, com informações concentradas para que a experiência de todos seja digna de uma Cidade Inteligente do porte de São Paulo.

Como a pandemia tem desafiado nossa capacidade de construir melhores cidades, iniciativas como a da empreendedora Christiane Liberatori, fundadora e CEO da Governo Digital após longa trajetória política – três vezes Diretora da União Nacional dos Estudantes do Estado de São Paulo, ex-Vice Presidente da UNE – são imprescindíveis na construção do mundo pós-pandemia.

“Estamos lutando hoje (…) para fazer com que nossos gestores, nossos clientes, enxerguem a primeira entrega que é a solução do problema para a população, que vai trazer (também) um benefício político para ele.”

Christiane, no podcast da Qintess no Spotify.

Transparência nas decisões públicas, acessibilidade na relação Governo e Sociedade, romper com as dificuldades da área governamental e ajudar na construção de Cidades Inteligentes focada na realidade brasileira. São resultados tangíveis da startup que resultam em ganhos gigantes para a população como um todo.

“As soluções ideais são sempre construídas de acordo com demanda, necessidades. Uma das coisas que tem sido mais animadoras nesse momento é o desenvolvimento de um sistema que estamos adequando para poder desafogar as filas do SUS.”

Hoje acelerada pelo programa Qintess Ignite Startups, que busca gerar novos negócios inovadores com grande potencial de impacto socioeconômico,  a startup está adequando seu sistema de agendamento automático, com remarcação automática para a fila de espera no caso de cancelamento por email ou SMS ou Whatsapp, acesso ao histórico médico e exames, estoques de remédios em cada UPA para otimizar distribuição, para que a sofisticação da tecnologia possa trazer para o Brasil índices como os trazidos pela Organização Mundial da Saúde – em que a cada US$1,00 investido em prevenção na área da saúde traz um retorno social de US$7,00 – e focando neste problema da saúde no país, o principal desafio para mais de 70% da população brasileira.